Reabilitação Vestibular

A reabilitação vestibular é feita por meio de exercícios repetitivos que são realizados com movimentos dos olhos, cabeça e/ou tronco, nas posições sentada e em pé. Esses exercícios são capazes de reduzir a tontura, ampliar a estabilidade postural e diminuir a sensibilidade à movimentação da cabeça promovendo o retorno da função do equilíbrio, com restauração da orientação espacial para que ocorra melhora na competência e bem-estar nas atividades diárias.
Isso ocorre aumentando a neuroplasticidade do sistema nervoso central, ela acelera e estimula os mecanismos de compensação naturais do próprio organismo, permitindo o desenvolvimento de alterações estruturais levando a adaptação, ajuste, substituição e habituação do sistema nervoso.
Na reabilitação vestibular, o grau de melhora vai depender da resposta do organismo e do empenho de cada paciente, os exercícios devem ser realizados seguindo a frequência indicada para cada caso. Sendo assim, esse tratamento pode promover a cura completa em 30% dos casos e diferentes graus de melhora em 85% dos pacientes.

É importante ressaltar que a maioria das pessoas que são diagnosticadas com labirintite, na verdade possuem tontura desencadeada por outros fatores. A labirintite é a inflamação do larbirinto, e é uma doença rara. As causas mais comuns de tontura são: vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), alterações metabólicas, doença de Ménière, migrânia, neurite vestibular, enxaqueca, entre outras.
Se você apresenta o sintoma de tontura que não é resolvido com outros tipos de tratamento, a reabilitação vestibular pode ser uma opção de tratamento para você. Consulte seu otorrino.

Referências
Zeigelboim BS, Rosa MRD, Klagenberg KF, Jurkiewicz AL. Reabilitação vestibular no tratamento da tontura e do zumbido Rev. soc. bras. Fonoaudiol.2008;13(3).

Silveira SR, Taguchi KC, Ganança FF. Análise comparativa de duas linhas de tratamento para pacientes portadores de disfunção vestibular periférica com idade superior a sessenta anos. Acta AWHO. 2002;21(1):1-15.

Whitney SL, Herdman SJ. Avaliação fisioterapêutica da Hipofunção Vestibular. In: Herdman SJ, organizador. Reabilitação Vestibular. 2ª ed. Barueri: Manole; 2002; 327-368.
Paz-Oliveira A, Momensohn-Santos TM, Bohlsen YA, Vargas AL. Efeitos da reabilitação vestibular no idoso com queixa de tontura. Revista Kairós Gerontologia. 2014; 14(4):687-698.

McDonnell MN, Hillier SL. Vestibular rehabilitation for unilateral peripheral vestibular dysfunction. Cochrane Database. Syst Ver. 2015; 1:5397.

Rocha Júnior PR, Kozan ES, Moraes JF, Pereira FG, Moreno AB. Reabilitação vestibular na qualidade de vida e sintomatologia de tontura de idosos. Ciência & Saúde Coletiva. 2014; 19(8):3365-3374.

Herdman SJ. Vestibular rehabilitation. Curr Opin Neurol.2013;26(9):96-101.

Martins E Silva DC, Bastos VH, de Oliveira Sanchez M, Nunes MK, Orsini M, Ribeiro P, Velasques B, Teixeira SS. Effects of vestibular rehabilitation in the elderly: a systematic review. Aging Clin Exp Res. 2016; 28(4):599-606.

Holmes S, Padgham ND. A review of the burden of vertigo. JClin Nurs. 2011;20:2690-701.4.

Fernandes, J.G. Vertigens e Tonturas. In: DUNCAN, B.B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004;1174-1180.

Swartz, R.; Longwell, P.. Treatment of vertigo. American family physician, 2005;71(6);1115-1122.